Resultado de tratamento de pacientes com dependência de internet e ansiedade

Santos e colaboradores investigaram a eficácia de tratamento para dependência de internet e transtornos de ansiedade, utilizando terapia cognitivo comportamental combinada com medicação, e analisar a relação entre ansiedade e dependência de internet. Neste ensaio clínico aberto realizado no Laboratório de Pânico e Respiração no Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/UFRJ) teve como amostra 84 pacientes (42 do grupo com comorbidades e 42 do grupo sem comorbidades) que procuravam tratamento para transtornos de ansiedade e/ou dependência de internet. Os sujeitos responderam ao MINI Entrevista Neuropsiquiátrica Internacional 5.0; a Escala Hamilton de Ansiedade (HAM-A), a Escala Hamilton de Depressão (HDRS), a Escala Clínica de Impressão Global de Severidade e de Melhora (CGI-S e CGI-I) e a Escala de Dependência de Internet de Young (IAT). Os pacientes com apenas dependência de internet receberam psicoeducação sobre o uso consciente da internet e biblioterapia, e foram considerados o grupo sem comorbidades, enquanto que, os pacientes com transtornos de ansiedade e dependência de internet foram encaminhados para o tratamento medicamentoso e psicoterapia. Tanto a dependência de internet quanto a ansiedade diminuíram após o tratamento, a média da HAM-A no grupo com comorbidades no início foi de 33,9 ± 7,6, sugerindo ansiedade grave e ao final do tratamento foi de 15 ± 5,1, sugerindo uma significativa melhora. A media de dependência de internet obtida na IAT no início do tratamento foi de 67.8 ± 9.0 e ao final da psicoterapia a maioria dos participantes apresentou média de 37.7 ± 11.4 indicando uma melhora notável.  Os autores deste estudo concluíram que a relação entre ansiedade e dependência de internet existe e é forte.

Treatment outcomes in patients with Internet Addiction and anxiety
Santos, Veruska et al.
MedicalExpress (São Paulo, online), Apr 2017, vol.4, no.2
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2358-04292017000200005&lng=en&nrm=iso

ICB-USP cria código e escritório de boas práticas científicas

O Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) criou o Escritório de Boas Práticas Científicas (EBPC/ICB), associado ao Código de Boas Práticas Científicas, ambos aprovados pela Congregação do instituto em 6 de setembro de 2016. O Código de Boas Práticas Científicas da FAPESP estimula a criação de centros tais como o do EBPC/ICB, com o objetivo de reforçar na comunidade científica paulista, uma cultura sólida e bem arraigada de integridade ética da pesquisa mediante um conjunto de estratégias assentado sobre três pilares interdependentes: educação, prevenção, investigação e sanção justas e rigorosas.

O Código de Boas Práticas Científicas do ICB está disponível em www.icb.usp.br/infoicb/2016/codigodeboaspraticasICBUSP.pdf

A portaria de criação do EBPC/ICB está disponível no endereço www.icb.usp.br/infoicb/2016/portariaEBPC-doe.pdf