– Evidências de uma variedade de estudos transversais, longitudinais e empíricos implicam o uso de smartphones e mídias sociais no aumento do sofrimento mental, comportamento autolesivo e suicídio entre os jovens; há uma relação dose-resposta, e os efeitos parecem ser maiores entre as meninas.

 

– As mídias sociais podem afetar a autovisão e os relacionamentos interpessoais dos adolescentes por meio de comparação social e interações negativas, incluindo cyberbullying; além disso, o conteúdo das mídias sociais frequentemente envolve normalização e até mesmo promoção de automutilação e suicídio entre os jovens.

 

– Altas proporções de jovens se envolvem em uso pesado de smartphones e multitarefas de mídia, com privação crônica de sono resultante e efeitos negativos no controle cognitivo, desempenho acadêmico e funcionamento socioemocional.

 

– Os clínicos podem trabalhar em colaboração com os jovens e suas famílias, usando abordagens abertas, sem julgamentos e apropriadas ao desenvolvimento para reduzir danos potenciais das mídias sociais e uso de smartphones, incluindo educação e resolução prática de problemas.

 

– Há necessidade de campanhas de conscientização pública e iniciativas de políticas sociais que promovam ambientes domésticos e escolares acolhedores que promovam a resiliência à medida que os jovens enfrentam os desafios da adolescência no mundo de hoje.

 

– Dada a importância de envolver os jovens na mitigação de danos potenciais das mídias sociais, uma abordagem proibicionista seria contraproducente. A Academia Americana de Pediatria sugere que os relacionamentos online são parte do desenvolvimento típico do adolescente. De fato, para os adolescentes de hoje, que não conheceram um mundo sem mídias sociais, as interações digitais são a norma, e os benefícios potenciais do acesso online a informações produtivas sobre saúde mental — incluindo alfabetização midiática, criatividade, autoexpressão, senso de pertencimento e engajamento cívico — bem como baixas barreiras a recursos como linhas de crise e terapias de conversação baseadas na Internet não podem ser descartados.

 

– No entanto, os jovens de hoje podem se beneficiar de intervenções individuais e sistêmicas comprovadas para ajudá-los a navegar pelos desafios trazidos pelo uso de smartphones e mídias sociais, proteger-se de danos e usar as mídias sociais de uma maneira que proteja sua saúde mental, em um contexto de iniciativas políticas destinadas a abordar os fatores sociais, ambientais e econômicos que sustentam o bem-estar familiar e nutrem a resiliência dos jovens.

 

Smartphones, social media use and youth mental health

Elia Abi-Jaoude, Karline Treurnicht Naylor and Antonio Pignatiello

CMAJ 2020, vol 192 (6): E136-E141

https://www.cmaj.ca/content/192/6/E136

 

■ Acesso gratuito

■ Um dos Blog de Medicina mais acessado em todo o mundo. Mais de 1450 temas médicos já disponíveis online

■ Use o mecanismo de busca – PESQUISAR na home page.

■ Acesse ARQUIVO e encontre os temas incluídos no Blog a cada mês, desde maio 2017

■ Blog Internet Médica – www.internetmedica.com.br

■ Médico Responsável: Dr Paulo Fernando Leite

■ CRMMG: 7026

■ Cel: 31 998345619

Belo Horizonte/MG/Brasil

Email: pfleite1873@gmail.com

Site: www.drpaulofernandocardio.com.br

Dezembro 2024