Síndrome de Hiperestimulação Ovariana ( Ovarian Hyperstimulation Syndrome 2024)

■ Série Five Things to know About (FTTKA)/Canadian Medical Journal Association

– A síndrome de hiperestimulação ovariana ocorre quase exclusivamente após a estimulação ovariana durante a fertilização in vitro (FIV). A hiperestimulação dos ovários pode desencadear a liberação de peptídeos vasoativos, causando permeabilidade vascular, o que leva à hipovolemia, ascite e derrames pleurais. A hemoconcentração resultante aumenta o risco de tromboembolismo venoso e lesão de órgão final.

– A síndrome de hiperestimulação ovariana leve afeta 20%–33% dos ciclos de FIV, mas casos graves são raros (< 1%)2

– A síndrome de hiperestimulação ovariana pode se apresentar precocemente (< 1 semana) ou tardiamente (≥ 1–2 semanas) após a recuperação dos óvulos. Os pacientes geralmente apresentam dor abdominal e distensão. Sintomas adicionais incluem náusea e vômito, falta de ar e redução da produção de urina.1 Casos mais graves podem envolver distúrbios eletrolíticos, derrame pleural ou tromboembolismo venoso. A presença de febre ou peritonite expande o diagnóstico diferencial para incluir hemorragia ou torção ovariana, infecção pélvica e perfuração intestinal.

– As investigações devem incluir exames de sangue e ultrassonografia

– O tratamento da síndrome de hiperestimulação ovariana grave é de suporte e geralmente inclui ressuscitação volêmica, paracentese e tromboprofilaxia. O envolvimento precoce de um endocrinologista reprodutivo e especialista em infertilidade em casos suspeitos é vital. Fluidos cristaloides e paracentese são terapias de suporte de primeira linha para reverter a hemoconcentração e reduzir a ascite, respectivamente. A heparina profilática de baixo peso molecular deve ser iniciada precocemente, dado o estado hipercoagulável dos pacientes afetados

■ Ovarian hyperstimulation syndrome: Five Things to know about

H Rosenverg, S Rangwala, B Magee

CMAJ 2024, vol 196 (29): E1012

https://www.cmaj.ca/content/196/29/E1012

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