¨A oftalmopatia de Graves é a doença orbitária mais comum e acomete 25 a 50% dos pacientes portadores da doença de Graves e é mais frequente no sexo feminino, entre a segunda e quinta décadas de vida. A doença apresenta uma fase aguda e uma crônica, evoluindo lenta e progressivamente até estabilizar, sendo raros os casos de resolução espontânea. O tratamento dependerá da fase em que a doença se encontra e está baseado principalmente na corticoterapia via oral e endovenosa e/ou radioterapia, sendo a colchicina empregada em casos isolados. É oito vezes mais frequente em mulheres, porém nos homens o acometimento é mais grave. Em geral surge quando há disfunção tireoidiana, porém as alterações oculares ou orbitárias podem preceder ou suceder a disfunção tireoidiana em até 18 meses. Atualmente existem importantes sistemas de classificação da gravidade e atividade da doença. A doença evolui lenta e progressivamente até estabilizar, sendo relatado casos raros de resolução espontânea. O tratamento é baseado na fase na qual a doença se encontra (aguda ou crônica). Na fase aguda o tratamento anti-inflamatório de escolha é a corticoterapia por via oral ou endovenosa. Associada à corticoterapia se empregam a radioterapia. Outra opção de tratamento medicamentoso é o uso da colchicina, na dose de 0,5 a 1,5 mg/dia, isolada ou associada à radioterapia e/ou a corticosteroide, com boa resposta terapêutica. Excetuando-se os casos de urgência em que há risco de perda da visão, por exposição da córnea ou por neuropatia óptica compressiva, o tratamento cirúrgico deve ser indicado na fase inativa da orbitopatia de Graves. Este tratamento é constituído pela descompressão orbitária, tratamento do estrabismo, correção da retração palpebral e blefaroplastia estética, nesta ordem.¨
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■ Dr Paulo Fernando Leite
Cardiologia/Prevenção Cardiovascular
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Data: nov 2019