Waldenström Macroglobulinemia

– A macroglobulinemia de Waldenström é um linfoma linfoplasmocitário com gamopatia monoclonal IgM.

– A maioria dos doentes apresenta sintomas e manifestações clínicas relacionadas com a hiperviscosidade, resultante da gamopatia monoclonal IgM e/ou com as citopenias, resultantes da infiltração medular do linfoma. As células neoplásicas secretam IgM monoclonal, com frequência em quantidades suficientes para causar uma síndrome de hiperviscosidade. Os pacientes frequentemente têm hepatoesplenomegalia, linfadenopatia e envolvimento da medula óssea. O acometimento neurológico inclui a neuropatia periférica e a disfunção cerebelar. Uma característica proeminente é a retinopatia com veias retinais dilatadas. Também são frequentes sangramentos e púrpura. O diagnóstico atual de macroglobulinemia de Waldenström requer critérios clínico-patológicos, incluindo envolvimento da medula óssea por células de linfoma linfoplasmocitário, uma paraproteína monoclonal de imunoglobulina M (IgM) sérica e presença da mutação MYD88 L265P.

– O tratamento de pacientes com WM deve ser altamente personalizado, e a apresentação clínica do paciente, comorbidades, perfil genômico e preferências, bem como a toxicidade dos regimes de tratamento, devem ser levados em consideração.  Para o tratamento dos doentes sintomáticos, são usados agentes alquilantes, análogos das purinas e anticorpos monoclonais anti-CD20. Agentes alquilantes (bendamustina, ciclofosfamida), inibidores de proteassoma (bortezomibe, carfilzomibe, ixazomibe), anticorpos monoclonais anti-CD20 (rituximabe, ofatumumabe) e inibidores de tirosina quinase de Bruton (BTK) (zanutinibe, acalibutina) são altamente seguros e o tratamento é altamente seguro. Como os novos inibidores covalentes e não covalentes de BTK (tirabrutinibe, vecabrutinibe, LOXO-305, ARQ-531), antagonistas de BCL2 (venetoclax) e agentes direcionadores de CXCR4 (ulocuplumabe, mavorixafor) estão em desenvolvimento clínico, o futuro da terapia dos portadores de Waldenström macroglobulinemia certamente parece brilhante e esperançoso.

 

Consensus statement on the management of Waldenström macroglobulinemia patients during the COVID-19 pandemic

Dipti Talaulikar, Ranjana H. Advani, Andrew R. Branagan et al

Hemasphere. 2020 Aug; 4(4): e433

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7410025/

 

Management of Waldenström macroglobulinemia in 2020

Jorge J. Castillo, Steven P. Treon

Hematology Am Soc Hematol Educ Program. 2020 Dec 4; 2020(1): 372–379

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7727571/

 

Macroglobulinemia de Waldenström. Experiencia de 15 años en el Hospital del Salvador, Santiago, Chile

Cardemil, Daniela et al.

Rev. méd. Chile, Mar 2019, vol.147, no.3, p.275-280

https://scielo.conicyt.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-98872019000300275&lng=es&nrm=iso

 

Severe acidemia in a patient with Waldenström macroglobulinemia

Judy Hindi, Nicholas Fuca, Matthew A. Sparks, Joshua L. Rein, Samira S. Farouk

Kidney Int Rep. 2020 Sep; 5(9): 1586–1589

Case Reports

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Zanubrutinib for the treatment of MYD88 wild-type Waldenström macroglobulinemia: a susbstudy of the phase ASPEN trial

Meletios Dimopoulos, Ramon Garcia Sanz, Hui-Peng Lee et al

Blood Adv. 2020 Dec 8; 4(23): 6009–6018

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Ixazomib, dexamethasone, and rituximab in treatment-naïve patients with Waldenström macroglobulinemia: long-term follow-up

Jorge J. Castillo, Kirsten Meid, Catherine A. Flynn et al

Blood Adv. 2020 Aug 25; 4(16): 3952–3959

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A randomized phase 3 trial of zanubrutinib vs ibrutinib in symptomatic Waldenström macroglobulinemia: The Aspen study

Constantine S. Tam, Stephen Opat, Shirley D’Sa,et al

Blood. 2020 Oct 29; 136(18): 2038–2050

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Multicenter phase 2 study of daratumumab monotherapy in patients with previously treated Waldenström macroglobulinemia

Jorge J. Castillo, Edward N. Libby, Stephen M. Ansell,et al

Blood Adv. 2020 Oct 27; 4(20): 5089–5092

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Response and survival outcomes to ibrutinib monotherapy for patients with Waldenström macroglobulinemia on and off clinical trials

Jorge J. Castillo, Joshua N. Gustine, Kirsten Meid et al

Hemasphere. 2020 Jun; 4(3): e363

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Macroglobulinemia de Waldenström com perda bilateral da função vestibular: relato de caso

Castellucci, Andrea et al

Braz. j. otorhinolaryngol., Oct 2015, vol.81, no.5, p.571-575

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-86942015000500571&lng=en&nrm=iso&tlng=pt (portuguese)

 

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-86942015000500571&lng=en&nrm=iso&tlng=en (English)

 

Waldenström’s macroglobulinemia – a review

Coimbra, Susana et al.

Rev. Assoc. Med. Bras., Oct 2014, vol.60, no.5, p.490-499

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302014000500490&lng=en&nrm=iso&tlng=en

 

■  Dr Paulo Fernando Leite

Cardiologia/Prevenção Cardiovascular

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Data: março 2021