¨Clostridium difficile (CD) foi descrito pela primeira vez em 1935. Trata-se de uma bactéria Gram-positiva que forma esporos, apresentando dificuldade de crescimento em meios de cultura tradicionais e sendo, por tal motivo, denominada difficile. É a principal causa de diarreia no ambiente hospitalar. Clostridium difficile é uma das principais causas de diarréia associada a antibióticos em todo o mundo. Os principais fatores de risco associados ao CD são idade maior do que 65 anos, uso de laxativo, inibidores de bomba de prótons ou histamina H2 como protetor gástrico, quimioterápicos, insuficiência renal, cirurgia gastrintestinal, intubação nasogástrica, ventilação mecânica, permanência hospitalar prolongada e antibioticoterapia prévia. A transmissão do CD ocorre via fecal-oral, pessoa-pessoa, fômites e de instrumentos do mobilário hospitalar. Os esporos persistem no ambiente por períodos prolongados e resistem ao uso de desinfetantes comerciais, favorecendo a propagação no ambiente hospitalar. A coprocultura é o padrão-ouro para diagnóstico com sensibilidade em torno de 100% mas não é usado por seu alto custo, por ser um exame trabalhoso e pela demora de seu resultado (em média 48 horas). Os métodos laboratoriais mais utilizados são os imunoenzimáticos, com resultado em até 2 horas. No entanto, dependendo da metodologia do teste, a sensibilidade pode variar entre 50 a 99%, e a especificidade de 70 a 100%. Outro método que apresenta alta sensibilidade e especificidade é a reação de cadeia de polimerase, cuja sensibilidade é maior do que 90% e especificidade de 100%. Por isso, intervenções que otimizem a prescrição de antibióticos associado à aderência de medidas de controle de infecção podem reduzir aquisição dessa infecção. Os dois principais antibióticos utilizados para tratamento de infecção por CD são o metronidazol e a vancomicina.  O desenvolvimento de novos antibióticos e / ou estratégias alternativas de tratamento para o CDI tem recebido grande atenção nos últimos anos. Vários agentes emergentes, como o cadazolida, a surotomicina, o ridinilazol e o bezlotoxumabe, demonstraram atividade contra C. difficile; alguns deles foram aprovados para uso clínico limitado e alguns estão em ensaios clínicos. A vantagem da primeira é seu baixo custo, sua boa disponibilidade e seus poucos efeitos colaterais. No entanto, observam-se casos de falência com recidiva em 28% dos casos, principalmente pela cepa NAP1/BI/027.Os principais fatores associados à recidiva são pacientes com diabete mellitus, sepse e cirurgia prévia. ¨

 

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■  Dr Paulo Fernando Leite

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